Naufrágios

Neste espaço apresentarei alguns naufrágios e desastres marítimos. Frequentemente incluirei novas postagens sobre o tema.

Convido-os também a conhecerem a página no facebook, Naufrágios e Tragédias Marítimas, onde serão postados videos e artigos sobre estes trágicos eventos. 


Príncipe de Astúrias - 05/03/1916 - Ilhabela/SP- Brasil 


                         Príncipe de Astúrias em sua última viagem

O Príncipe de Astúrias foi um navio transatlântico operado pela companhia espanhola Pinillos Izquierdo y Cia., encomendado para fazer a linha regular de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires, passando por Cádis, Las Palmas de Gran Canaria, Ilhas Canárias, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu. Após ser construído, em 1914, era considerado o transatlântico mais luxuoso da Espanha, junto a seu irmão gêmeo, o paquete Infanta Isabel.

Partiu do Porto de Barcelona em sua sexta viagem em 17 de fevereiro de 1916, e na madrugada do dia 5 de março colidiu com um rochedo submerso na Ponta da Pirabura, em Ilhabela - Brasil.

Em menos de 5 minutos o navio veio a pique. Números oficias dão conta de que 477 pessoas morreram no acidente. Muitas destas pessoas não tiveram tempo de sair de suas cabines, outras morreram esmagadas pelas pancadas das ondas nas rochas ou presas aos escombros do navio.

Um único escaler milagrosamente se soltou do navio, e salvou cerca de 100 pessoas, sendo o total oficial de 177 sobreviventes.

Muitos mistérios envolvem esse naufrágio e, ainda hoje, muitas perguntas sobre o acidente permanecem sem resposta.

Uma matéria sobre o caso foi exibida no Fantástico, em alusão ao centenário da tragédia.
Veja o vídeo clicando aqui

Literatura Recomendada:

PLATON, Jeannis Michail. Ilhabela – Príncipe de Astúrias: um mistério entre dois continentes. São Paulo: Ed. do Autor, 2016.





Bateau Mouche - Réveillon de 1988 - RJ/Brasil


                         Bateau Mouche IV sendo içado do fundo 


O Bateau Mouche IV foi uma embarcação de turismo que naufragou na costa brasileira no dia 31 de dezembro de 1988, mais precisamente na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, quando estava a caminho de Copacabana. Das quase 150 pessoas a bordo, 55 morreram. Acredita-se que a embarcação estivesse superlotada, além de apresentar uma série de falhas.

As principais causas do naufrágio foram:

1. Excesso de peso (carga) e passageiros;
2. Posicionamento de duas caixas d'água no teto da embarcação e substituição do piso de madeira original do convés superior por um piso de concreto, elementos que deslocaram o centro de gravidade para cima, ajudando a embarcação a adernar ao ser exposta ao mar revolto;
3. Os passageiros se deslocaram, simultaneamente, para boreste do "Bateau Mouche";
4. As escotilhas e vigias não eram estanques e, com o excesso de peso, ficaram abaixo do nível do mar e alagaram os compartimentos inferiores;
5. As bombas de esgotamento (que jogam a água para fora da embarcação, em caso de alagamento) não funcionavam perfeitamente.

O caso teve um episódio no programa Linha Direta, em 29 de julho de 2004.

Literatura Recomendada:

SANT'ANNA, Ivan. Bateau Mouche: Uma tragédia brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.




S.S. Morro Castle - 1934 

                                         Incêndio no S.S. Morro Castle


S.S. Morro Castle era um navio de luxo da década de 1930 que foi construído para a linha de Ward para viagens entre Nova York e Havana. Na manhã de 08 de setembro de 1934, o navio pegou fogo, matando 137 passageiros e membros da tripulação. O navio finalmente encalhou perto Asbury Park, New Jersey, e ficou lá por vários meses, até que foi rebocado e descartado.

O incêndio devastador a bordo do S.S. Morro Castle foi um catalisador para melhorar o sistema de segurança contra incêndios em navios. Hoje, o uso de materiais retardantes de fogo, portas de fecho automático e alarmes de incêndio, e maior atenção aos exercícios e de procedimentos de incêndio, são o resultado diretamente do desastre do S.S. Morro Castle.

É possível encontrar alguns vídeos sobre a tragédia no youtube, a maioria em inglês.

Literatura Recomendada:

CALIXTO, Robson José. Incidentes Marítimos - História, Direito Marítimo e Perspectivas num Mundo em Reforma da Ordem Internacional.  2.ed. São Paulo: Lex Editora, 2007.

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